sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Precisa ser mais manso


Mais uma vez Leão é demitido de um clube candidato ao rebaixamento. Ano passado o Sport, desta vez o Goiás. O enredo é sempre o mesmo: muita reclamação da arbitragem, discussão com a imprensa e time fraco. Leão já é um ex-treinador em atividade.

Hoje em dia o estilo sargentão, tipo capitão Nascimento, não serve mais no futebol. Multas por atraso, afastamento de jogadores já são práticas antigas para fazer um time encaixar.

A cada dia que se passa, o bom ambiente vai se tornando cada vez mais importante para o sucesso das equipes. Os clubes são verdadeiras empresas, e como em qualquer local de trabalho, todos gostam de ser bem tratados.

Para exemplificar o que estou dizendo, colocarei na mesa algumas cartas, prestem atenção e vejam que existe algo em comum no jeito de trabalhar de técnicos como: Mano Menezes, Muricy, Joel Santana, Dorival Junior e Celso Roth. Cada um têm sua particularidade, não quero dizer que eles são iguais, mas possuem sim, semelhanças.

Esses treinadores citados têm uma relação muito boa com seu elenco. Eles sabem ser amigos, criam intimidade,e ao mesmo tempo, deixam bem claro quem é que manda e qual é a função de cada um dentro daquele grupo. Outra coincidência deles é que nos últimos anos vêm sendo campeões.

E o Leão? É até bom tomar cuidado ao dizer que ele está ultrapassado, mas que nem ele, e nem quem gosta dele, entendam isso como uma crítica jogada ao vento a troco de nada. No período em que Leão fez sucesso, o jeito dele, que é o mesmo de hoje em dia, dava certo. O estilo linha dura prevaleceu no futebol brasileiro por algum tempo, mas hoje, não é bem assim.

As coisas mudaram, e mudam, com uma velocidade muito rápida. Hoje em dia o acesso de informação no futebol é muito maior do que há 5 anos atrás, por exemplo. Quando acontecem brigas dentro do vestiário, no mesmo minuto já tem matéria na internet. Tudo está muito aberto ao torcedor/imprensa. E é a partir daí que, para mim, Leão foi ficando para trás. Saber escutar o jogador, ouvir quem está em volta, colocar um bom ambiente no vestiário, tudo isso gera uma série de coisas positivas.

Quando, por exemplo, o Muricy chega para ser o novo treinador de algum clube, os jogadores ficam irradiantes na possibilidade de crescer nas mãos dele. Com Leão é diferente, há anos quem vai trabalhar com ele já sente medo, intimidação.

Leão está no caminho dele, que hoje, é o caminho errado. O futebol trilha para um lado, e ele, para outro. Os serviços prestados ao futebol, e os títulos conquistados como treinador, desse ex-goleiro que faz bem o tipo "rei da selva", não se discutem. A discussão em aberto é: Leão vai mudar? Ou é melhor parar? Você que leu este texto já sabe a minha opinião.

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