quinta-feira, 26 de maio de 2011

Como joga esse Felipe


Ontem assistindo a Avaí x Vasco, que diga-se de passagem, foi a melhor atuação do time carioca no ano, me deparei com mais uma da sessão: "panela velha é que faz comida boa." Em noite em que Diego Souza, Éder Luís e Alecsandro brilharam, eu destaco ele, Felipe.

A classe desse meia já foi testada e aprovada há muitos anos, mas o que ele jogou ontem foi para relembrar seus velhos tempos. Não que Felipe já não jogue mais nada, muito pelo contrário. Mas ontem, se ele não fosse modesto, poderia se considerar 'dono do meio campo'.

O Avaí ajudou. Silas não 'colou' ninguém no meia carioca, que como já diria Lédio Carmona: "se ele já joga muito marcado, imagina sem marcação".

Felipe pouco errou passes, fazia lançamentos perfeitos, ditava o ritmo do jogo. Felipe se sentiu tão à vontade na parte central do gramado da Ressacada, como se sente em sua sala de estar, vendo televisão com o pé na mesa de centro.

Felipe, pra mim, já é o melhor jogador desta Copa do Brasil.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A queda de Roberto Fernandes


Eu sinceramente tento entender por quais motivos um clube contrata um técnico que já passou por esse mesmo clube e já foi demitido por 'não servir mais'.

Ora, se não serve mais hoje, porque serve um ano depois?

Enfim, o Náutico acabou de demitir Roberto Fernandes, e depois de cumprir minhas obrigações com o site onde eu trabalho (www.arenanordes.com), venho aqui escrever sobre mais esse episódio de desespero alvirrubro.

Eu não sei, por um lado não concordo com a demissão. No geral, o trabalho foi bem feito. Líder absoluto da primeira fase, seis clássicos disputados e apenas um perdido. Time jogando em cima
dos adversários, não faltou ousadia.

Mas aí vem o 'pesinho' que foi colocado do outro lado da balança: a decisão. Em jogos importantes Roberto fracassou. E feio!

Contra o Vasco pensou que o time carioca era o arrumadinho de Camaragibe, colocou três atacantes, enfraqueceu o meio e perdeu o jogo categoricamente.

Agora vem o pior, a 'cereja do bolo', a 'pimenta do acarajé': o clássico, o hexa, o Sport.

Roberto Fernandes foi contratado para dirigir o Náutico em um ano atípico. O objetivo era evitar o hexa do Sport e depois ser campeão, não necessariamente nessa ordem. Aliás, alguém sabe qual é a ordem certa?

Roberto Fernandes pagou pela rivalidade. Enquanto o Sport for rival do Náutico, quando as duas
equipes se enfrentarem, a chance do treinador atual ser demitido após uma derrota é grande. Não se sabe por que motivos mas, assim como já disseram Kuki, Somália e o ex-goleiro Eduardo, quando o Náutico joga contra o Sport o ambiente nos Aflitos muda, fica tenso, ou como já diria o grande compositor e técnico Ney Franco, fica 'na beira do caos'.

Os erros de Roberto começaram no jogo de ida, com a escalação contendo três volantes (Éverton, Derley e Elicarlos). Com Eduardo Ramos sobrecarregado e mal no jogo, o técnico teve que corrigir o erro ainda no primeiro tempo.

No jogo de volta, ontem, nos Aflitos, mais erros. Por que Rodrigo Heffner, até então um dos melhor jogadores na temporada, foi sacado? E no segundo tempo, porque tirar Aírton para colocar um atacante, fazendo com que o time jogasse toda a segunda etapa com dois volantes nas laterais?

Roberto fez um bom trabalho mas errou quando não podia errar. Vasco e Sport, como já diria o ditado popular, não 'alisaram'.

Mas novamente eu encerro um texto com uma pergunta: E agora, quem será o treinador do Náutico?

Ouvi falar em Geninho...


...fim de texto.