sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Agora vai, Ronaldinho?


Convocação do nosso amigo Mano Menezes, mais conhecido como técnico da seleção brasileira, muito boa, como já vem sendo há algum tempo. A base do "elenco" é a mesma, só que desta vez com algumas novidades, a maior delas, o renovador de sonhos Ronaldinho Gaúcho.

Renovador de sonhos por que todo mundo sonhou, sonha ou vai sonhar com que ele volte a jogar na seleção o que ele já jogou no Barcelona. Mas aí vem a má notícia: ele não será mais o mesmo. E não querendo complicar sua cabeça, digo que isso não o impede de ser acima da média.

Um jogador que já fez o que o Ronaldinho fez, mesmo não repetindo aquele futebol que o fez ganhar apelido de "Showman", pode ser um jogador que desequilibra, basta ele querer. Eu já tinha perdido todas as minhas esperanças sobre o mesmo, mas acho que o Mano é a última bala do cartucho, se o Ronaldinho não for resgatado agora, não será nunca.

Vejo gente falar mal do Jucilei. Só pode ser pelo nome engraçado que ele tem, por que seu futebol é incontestável. Ser unânime dentro de um clube como o Corinthians não é para qualquer um. E vou mais além, para mim, o Jucilei é melhor que o Elias e o Ramires.

Mas faltou gente aí Mano, como explicar a ausência do profeta Hernanes? Aliás, mais intrigante do que a ausência do meia da Lazio, é como nenhum jornalista (não que eu tenha visto) questionou o técnico da seleção sobre esse tema.

Sobre o Douglas, acredito que ele será apenas mais um que vai para ser testado. Não joga a Copa América.

Melhor parar por aqui. Renovação de seleção dá muito papo, mas chega por hoje.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lincoln e uma noite.


Empates, só tivemos isso nos jogos de ontem. Não assisti ao jogo entre Goiás x Avaí, mas os outros dois jogos eu vi e posso dizer que foram no mínimo, chatos. Atlético e Palmeiras ainda fizeram uma graçinha, os goleiros foram obrigados a defender umas boas bolas, mas o jogo em si foi fraquíssimo, principalmente após as saídas de Daniel Carvalho e Valdívia machucados. Detalhe que quem entrou no lugar do chileno palmeirense foi o Jammil, ele mesmo, o cantor, direto da Bahia.

Continuando a falar desse jogo em Minas, pense num buraco que tinha nesse meio de campo. Mas que vale ressaltar, foi muito mal aproveitado. Destaque só para esse goleiro Renan do Galo, que tem cara de menino de 15 anos, mas pega como gente grande. Pode até ser que mais pra frente ele quebre a minha cara sendo um frangueiro, pipoqueiro, amarelão ou assassino, mas que hoje o cara é bom, isso é.

No Flamengo e Corinthians destaque para o Ronaldo que, mesmo com vários quilinhos a mais, deixou o dele, como já era de se esperar. Na hora em que o Bruno César (que jogou muito bem) enfiou aquela bola para ele, o resultado não poderia ser outro a não ser o gol. Coitado do Marcelo Lomba.

Mas o Ronaldo também não foi só alegria não. Dentro de suas limitações fez uma boa partida, mas aquela arrancada dele, no mano a mano, em que o mesmo tropeçou e caiu no chão, foi bizarra. Sinceramente, eu como seu fã não precisava ver essa cena, digamos, patética.

Acho que o Corinthians desperdiçou uma chance boa de assumir a liderança, o adversário jogou muito mal e mostrou muitas deficiências. Juan errando tanto passe faz o torcedor do Flamengo ter saudades de Rodrigo Alvim. Deivid sem velocidade nenhuma e mal tocando na bola também foi peça nula. Destaques só para o Luxa, que mexeu muito bem, e para o Drogbinha (Deus que me perdôe por tal comparação) que mostrou um bom futebol.

E o Tite, hein? Ofensividade não é com ele, benza Deus. As substituições dele foram mais defensivas do que time peruano jogando Libertadores.

E vale ressaltar como o Elias joga muito.

É isso aí, e fica o recado: Felipão, toma Maracujina, abestado.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A coelhada do Fábio Júnior


Rodadinha animada essa da série B ontem, hein? Tudo bem que só foram dois jogos, mas para alguém que tem uma imaginação tão fértil quanto a minha, América Mineiro e Santo André fizeram um jogo cheio de, digamos, peculiaridades.

Antes de tudo, como não reparar que o juiz do jogo era igual ao atacante Fábio Júnior, do América? Se no intervalo eles trocassem de camisa certamente ninguém perceberia, pois até os narizes de ambos tinham 3 metros. A, e antes que as mulheres me matem, estou falando do Fábio Júnior ATACANTE, e não aquele que já pegou metade das mulheres do Brasil com mais de 30 anos.

Antes que eu me esqueça, o Fábio Júnior deveria agradecer aos zagueiros (?) do Santo André que, desculpem o trocadilho, ficaram “assistindo” o Neneca pegar dois pênaltis e levar dois gols de rebote, francamente.

Santo André, Santo André, a coisa tá feia, né? Quem é aquele número oito que, joga no meio de campo, tem altura de zagueiro, velocidade de goleiro e finalização de lateral? Desse novo integrante da série C só se salva o Neneca, que por sinal, deve amar muito o time do ABC paulista, por que eu DUVIDO que ele não tenha tido nenhuma oportunidade de sair após o campeonato paulista.

Uma saudação para meu amigo Marcelo Bechler que ontem lembrou da minha pessoa ao vivo na transmissão deste mesmo jogo pela Rádio Globo-MG ao observar que no estádio haviam dois torcedores do Santo André e uma bandeira, assim como aqui em Recife. Fiéis.

E antes de terminar esse texto, uma pergunta: Qual a música que a torcida do América canta quando o Fábio Júnior faz um gol? Sinceramente, prefiro nem saber. Alô Fiuk.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Premonição


Eu poderia chegar aqui, agora, e me colocar como o novo profeta do apocalipse. Mas não, serei humilde e vou apenas relembrar coisas ditas por mim que, pouco a pouco, vão se concretizando.

Se você tiver 10% da paciência que o Parreira tem, é só procurar aqui nos arquivos do blog o texto em que eu disse o quanto deveria ser trágica essa passagem do Silas no Flamengo. A, e se não tiver paciência, acredite em mim.

Quando Silas foi anunciado eu - que diga-se de passagem, não sou nenhum gênio - tentei, conhecendo o Flamengo, ter uma noção do que aconteceria. Um clube grande, com uma torcida que pressiona e com um time completamente "desmantelado" tem muitas chances de passar por maus bocados. Por falar em crise, vale ressaltar que, no rubro negro carioca, elas são fáceis de serem encontradas, ou até mesmo plantadas.

Salvo raras exceções, quando um treinador chega a um clube, começa a se trabalhar com o nosso amigo "se". "Se ganhar", "Se der certo", muita teoria. Silas fez um ótimo trabalho no Avaí e um péssimo trabalho no Grêmio, sua primeira oportunidade em um grande time. Agora no Flamengo a situação é a mesma, só que dessa vez, o treinador pegou o bonde andando e quase parando.

O que eu temia na passagem do Silas pelo Fla era que, no momento da crise, quando a torcida pressionasse, ele não aguentasse a pressão. Ele está entrando na crise, os resultades continuam sem aparecer e a torcida já começa a pressionar. Continuo apostando que ele não aguentará e será colocado para fora pela nação rubro negra que, como é comum entre todas as torcidas, quer resultados imediatos.

Em tempo, se Silas cair, aposto em Luxemburgo para o posto. Esse sim, embora em má fase, pode dar um jeito por conta de sua experiência. Porém, mesmo achando que Silas cairá, eu se fosse o Zico, não tomaria essa decisão, as vezes uma mudança de treinador à essa altura não serve de nada.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

E agora, para onde navega o Santa Cruz?


Fim de Série D, Santa Cruz eliminado - mais uma vez - da competição nacional de nível mais baixo, provavelmente o fundo do poço, certamente um buraco negro sem fim. Quem é eliminado deste campeonato não tem vaga garantida nele no ano seguinte, não tem mais competições importantes para participar e, os poucos bons jogadores que restaram, saem do clube que, de mãos atadas, não pode fazer nada.

Esses últimos anos de agonia, sofrimento e nenhum resultado aos poucos vai tirando o otimismo do sempre positivo torcedor tricolor. Isso não significa que ele deixará de comparecer ao Arruda, mas coloca uma pergunta que o causa insônia: "Até quando?"

Os melhores jogadores saíram, Givanildo saiu e a diretoria também vai sair. É ano de eleição no tricolor, e qual é a solução? Quem se candidata a assumir o Santa? Esse "quem" vai fazer "o que" ao pegar um clube totalmente à deriva? Como um barco que depende do vento para navegar, a cobra coral não sabe mais por que caminhos tentar uma reviravolta.

Para jogar novamente a série D e tentar uma vaga no andar de "luxo" do fundo do poço, a Série C, o Santa Cruz terá que passar, novamente, por um processo incômodo e cheio de incertezas. Captação de recursos, recuperação da auto estima e formação de uma equipe, esses são alguns dos passos que doem tanto como andar descalço sobre brasas.

A parte da montagem de um elenco é complicada, como convencer jogadores de qualidade comprovada a vir jogar neste clube? Infelizmente, apenas o passado não tem esse poder. Como já é dito todo ano, é preciso planejamento. O profissional contratado para gerir o futebol do clube precisa trazer um técnico que conheça os bons valores desconhecidos, especialmente da região nordeste. Tem que haver pesquisa de campo, analisar à fundo quem está sendo contratado.

Tudo isso gera tempo, coisa que o tricolor, infelizmente, tem de sobra. O quanto antes for decidida a questão da presidência, melhor. Mesmo desanimados, o trabalho precisa começar "ontem" para sair com qualidade. Quais os erros cometidos nessas últimas temporadas? Quais os acertos? É um trabalho minucioso que a diretoria junto com a comissão técnica terá que fazer, pois a torcida estará de olho e esperançada para que, dessa vez, tudo dê certo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cadê o homem gol?

A história do futebol brasileiro sempre foi recheada de grandes atacantes, os chamados "matadores". Ronaldo e Romário são dois exemplos recentes. Porém, por conta do forte mercado europeu, jogadores desse nível estão se mandando para o exterior cada vez mais cedo, o que certamente, nos obriga a renovar o "estoque" mais rapidamente.

Constantemente nós nos sentimos orgulhosos ao dizer que, em nosso país, bons jogadores brotam do chão, sem nenhum esforço, como capim em fazenda. De fato isso é verdade, e tem alguns motivos que justificam, como o tamanho do país e a paixão pelo futebol.

Porém, um dado estranho vem chamando a atenção nesta primeira metade de campeonato Brasileiro. Observando a classificação do prêmio Friedenreich, que no final do ano, consagra o jogador que fez mais gols durante a temporada jogando no Brasil, me vi diante da seguinte situação: Vágner Love, que só jogou seis meses durante esse ano, perde apenas para cinco jogadores. Preocupante? Talvez não. Alarmante? Sim.

Na frente do ex-atacante flamenguista estão apenas: Neymar (Santos), Ciro (Sport), Jonas (Grêmio), André (Ex-Santos) e Edmundo (Botafogo-PB). Como pode apenas esses jogadores terem mais gols que um jogador que jogou apenas 6 meses? O que está acontecendo com nossos atacantes?

O drama não para por aí, os dois artilheiros da série A são jogadores de meio campo (Bruno César do Corinthians e Elias do Atlético GO, com 9 gols), e nenhum dos dois, tem mais gols do que o artilheiro da série B (Ciro do Sport com 13 gols).

Agora você me pergunta: por que isso? Perguntou para a pessoa errada, além de eu jogar (Comandar) na zaga em minhas peladas, quem deve ter a resposta para esse problema, são nossos gloriosos atacantes. Mas talvez (provavelmente) nem eles saibam o motivo da "seca".

Pode-se dizer que as defesas melhoraram, os goleiros estão fechando o gol ou então, que a bola não tem chegado, porém, todos esses argumentos são muito vagos. Problema técnico ou a fase é que não está boa?. Perguntas que só serão respondidas dentro de campo, pelos matadores. Enquanto isso nós comentamos, os torcedores cornetam à vontade e os zagueiros agradecem. Vamos acordar artilheiros, a Europa vos espera.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Foi "simbora"


Embalou de vez, agora foi. O Sport venceu o Brasiliense numa Ilha lotada (para variar) e está, mais do que nunca, na briga pelo G4. Mesmo sem fazer uma partida brilhante, os rubro negros venceram com facilidade a equipe candanga.

O crescimento do Leão é algo notável, já são 9 jogos seguidos sem saber o que é derrota, e boa parte dessa sequencia tem colaboração direta de Geninho. Antes de vir para o Sport, ao analisar sua contratação, cheguei a conclusão de que ultimamente ele não vinha fazendo bons trabalhos, e de fato não vinha. No time pernambucano, a sua experiência vem sendo primordial, tanto para fazer as alterações na equipe, como para lidar com problemas extra-campo, que em times como o Sport, aparecem todo dia.

Agora falando do jogo, bola rolando, o time de Geninho não foi brilhante, longe disso, mas jogou para o gasto. Vitória fácil, e o melhor, sem levar sustos. Aos poucos o técnico vai arrumando a defesa, que embora ainda não esteja na forma ideal, hoje, já passa um pouco mais de confiança ao time.

Tobi, Germano, Zé Antonio e César, esses foram muito bem hoje. Curiosamente, ou não, são jogadores do sistema defensivo, que de fato, foi melhor do que a parte ofensiva do time. Defesa bem postada, jogando firme, sem inventar e com muita raça.

Diferente da turma da "cozinha", o pessoal lá da frente não fez uma boa partida. E aí você se pergunta: "Como não? O Sport fez 3 gols! Indiferente! Marcelinho Paraíba, que fez um primeiro tempo regular/bom, não voltou bem. Ciro e Fabrício muito mal no jogo, em comum a falta de movimentação e o famoso "dia ruim".

A arrancada é boa, o crescimento visível, mas é preciso continuar assim. O prejuízo na era pré-Geninho era enorme, para se ter noção, o Sport precisou engatar uma sequência de 9 jogos sem perder para se aproximar do G4. A meta agora é outra, e a dificuldade é maior, entrar no G4 não será tarefa fácil, com tudo dando certo, pode colocar uns 3 jogos para isso acontecer.

Nesse embalo o Sport volta para a série A, mas para isso é preciso manter esse crescimento contínuo até o final.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O último ato


Você já deve ter ouvido Galvão Bueno dizer que “o jogo só acaba quando o juiz apita”, não é verdade? Futebol é um esporte completamente imprevisível e curiosamente ilógico. Quem não lembra daquela decisão de campeonato carioca onde Petkovic decidiu o título a favor do Flamengo no último lance da partida? Entra ano, sai ano, e esse esporte a cada dia nos ensina uma nova lição.

O grito de “time de guerreiro” está na ponta da língua de várias torcidas do Brasil, por motivos diferentes, mas com algumas semelhanças, entre elas a reação, luta e dedicação. Hoje o Atlético Paranaense mostrou todos esses atributos, e no último segundo da partida, conseguiu a vitória fora de casa em cima do Avaí, por 1×0. Um Leão da Ilha que, por sinal, entrou na turbulência e está demorando a sair (cinco jogos sem vencer: quatro derrotas e um empate).

A partida na Ressacada, mesmo ainda no meio do feriadão, já tinha cara de ressaca. Um jogo morno, sem muitas emoções e com duas equipes que não estavam numa tarde inspirada. O time da casa, que com esse resultado, já acumula quatro jogos sem vencer no brasileirão, encontrou pela frente uma defesa muito bem postada que não dava espaço para que Caio e Robinho colocassem velocidade. Vandinho, mal no jogo, não conseguia girar em cima dos zagueiros, e as vezes, faltava aproximação para que fossem feitas tabelas.

O Furacão, se não fez uma partida brilhante tecnicamente, foi muito bem taticamente. Sua defesa estava bem armada e, sempre que o Avaí chegava pelo meio, encontrava a frente da área muito congestionada. No primeiro tempo o time paranaense ficou muito recuado, e chamou os donos da casa para seu campo de defesa, postura perigosa que não permaneceu para o segundo tempo. Mesmo ainda apostando nos contra ataques, o Atlético marcava mais a frente e conseguia segurar a bola no campo de ataque.

Quando tudo caminhava para um empate sem sal, e o Carpegiani já parecia satisfeito com o resultado ao substituir Guerrón por um zagueiro, eis que esse substituto, conseguiu a proeza de levar dois cartões amarelos e ser expulso logo após a sua entrada. Animado com a expulsão o Avaí foi para cima, na base da pressão, é verdade, o que fez o time atleticano se fechar mais ainda.

O tempo foi passando, os acréscimos foram dados, o torcedor avaiano foi ficando angustiado, e nada da pressão surtir efeito, o zero a zero parecia mais certo do que calor no nordeste em dia de verão. Eis que quando até o vendedor de pipoca já havia arrumado sua carrocinha para sair do estádio, Maikon Leite, excelente, faz o gol da vitória rubro-negra. Foi o último ato de um time de guerreiros, recompensado por acreditar até o final.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Silas no Flamengo


Sei que com o que vou dizer neste texto provavelmente irei de encontro a maioria das opiniões sobre Silas no Flamengo. Até o acho um bom treinador. É um cara que está aparecendo agora com algum destaque, sabe montar um time e convive bem com os jogadores, mas já para começar a "criar polêmica", acho que não dura 6 meses no Flamengo.

Posso até estar errado, e sinceramente, seria melhor que eu estivesse. Silas é um cara trabalhador e merece sucesso na profissão. O motivo pelo qual eu acho que ele não vingará no Flamengo é outro.

Não sei se Silas tem o perfil de técnico do Flamengo. Também questiono se ele tem a bagagem (como treinador) para lidar com a "tsunami" de pressão que vem das arquibancadas do Maracanã. Treinar o clube de maior torcida do Brasil não é simplesmente escalar jogador e armar esquema tático.

Talvez com Zico seja diferente, e é até melhor que seja. O novo treinador rubro-negro tem potêncial e entende de futebol, então é preciso dar tempo para que ele coloque em prática tudo que pensa. Mas aí é que está o problema.

Numa possível crise, uma sequência de maus resultados, acho que ele não tem as "costas largas" para aguentar a nação flamenguista. A pressão é muito grande e o torcedor carioca vai exigir resultados imediatos, caso contrário, a "chapa esquenta" e o clima na Gávea fica insuportável.

Quando torcidas desse porte resolver tirar um treinador do time, ela tira. É mais ou menos isso que prevejo para Silas. Na primeira crise a torcida o colocará para fora, ainda mais se no momento tiver algum treinador renomado desempregado.

É hora de deixar o homem trabalhar. A escolha da diretoria foi acertada, o que não pode acontecer, é deixar algum possível mal momento se transformar numa tempestade. Para Silas a hora é essa, se não mostrar resultados agora, provavelmente começará a ser questionado por todos.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Precisa ser mais manso


Mais uma vez Leão é demitido de um clube candidato ao rebaixamento. Ano passado o Sport, desta vez o Goiás. O enredo é sempre o mesmo: muita reclamação da arbitragem, discussão com a imprensa e time fraco. Leão já é um ex-treinador em atividade.

Hoje em dia o estilo sargentão, tipo capitão Nascimento, não serve mais no futebol. Multas por atraso, afastamento de jogadores já são práticas antigas para fazer um time encaixar.

A cada dia que se passa, o bom ambiente vai se tornando cada vez mais importante para o sucesso das equipes. Os clubes são verdadeiras empresas, e como em qualquer local de trabalho, todos gostam de ser bem tratados.

Para exemplificar o que estou dizendo, colocarei na mesa algumas cartas, prestem atenção e vejam que existe algo em comum no jeito de trabalhar de técnicos como: Mano Menezes, Muricy, Joel Santana, Dorival Junior e Celso Roth. Cada um têm sua particularidade, não quero dizer que eles são iguais, mas possuem sim, semelhanças.

Esses treinadores citados têm uma relação muito boa com seu elenco. Eles sabem ser amigos, criam intimidade,e ao mesmo tempo, deixam bem claro quem é que manda e qual é a função de cada um dentro daquele grupo. Outra coincidência deles é que nos últimos anos vêm sendo campeões.

E o Leão? É até bom tomar cuidado ao dizer que ele está ultrapassado, mas que nem ele, e nem quem gosta dele, entendam isso como uma crítica jogada ao vento a troco de nada. No período em que Leão fez sucesso, o jeito dele, que é o mesmo de hoje em dia, dava certo. O estilo linha dura prevaleceu no futebol brasileiro por algum tempo, mas hoje, não é bem assim.

As coisas mudaram, e mudam, com uma velocidade muito rápida. Hoje em dia o acesso de informação no futebol é muito maior do que há 5 anos atrás, por exemplo. Quando acontecem brigas dentro do vestiário, no mesmo minuto já tem matéria na internet. Tudo está muito aberto ao torcedor/imprensa. E é a partir daí que, para mim, Leão foi ficando para trás. Saber escutar o jogador, ouvir quem está em volta, colocar um bom ambiente no vestiário, tudo isso gera uma série de coisas positivas.

Quando, por exemplo, o Muricy chega para ser o novo treinador de algum clube, os jogadores ficam irradiantes na possibilidade de crescer nas mãos dele. Com Leão é diferente, há anos quem vai trabalhar com ele já sente medo, intimidação.

Leão está no caminho dele, que hoje, é o caminho errado. O futebol trilha para um lado, e ele, para outro. Os serviços prestados ao futebol, e os títulos conquistados como treinador, desse ex-goleiro que faz bem o tipo "rei da selva", não se discutem. A discussão em aberto é: Leão vai mudar? Ou é melhor parar? Você que leu este texto já sabe a minha opinião.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O São Paulo também é gente



Quando perguntados sobre o que fazem quando não estão no centro das atenções, os famosos falam: "Vou ao cinema, ao shopping, saio para almoçar, afinal também sou gente, de carne e osso". Para algumas pessoas é dificil ver isso. Os fãs acostumados a trata-los como intocáveis, quando os encontram na rua têm um choque de realidade. Sim, a vida de celebridade tem um pouco haver com o São Paulo.

Nenhum clube tem boa fase eterna. O São Paulo conseguiu algo fora do normal, ficar 4 anos reinando com sobras o futebol brasileiro. Nesse espaço de tempo foram 3 Campeonatos Brasileiros, 1 Libertadores e 1 Mundial da FIFA conquistados.

Mas se no mundo da televisão todo mundo é de carne e osso, imagine no futebol. É gente, o São Paulo também perde, também entra em crise. A diretoria é questionada, a torcida protesta e técnicos são demitidos. Jogadores bons também não rendem nada. Adversários comemorem, o reinado acabou.

E com a má fase vêm os questionamentos, a caça às bruxas. Não existe uma ovelha negra. O clube apenas está passando pelo que todos passam, a temida, má fase.

Os problemas são tão reais quanto a "mortalidade" tricolor. Questione-se torcedor do São Paulo, será que o Júnior César é esse lateral fenomenal que alguns acham? Jean é um novo Hernanes? Xandão é solução? Não tenho absolutamente nada contra esses bons jogadores, porém, para continuar vencendo Libertadores, Campeonatos Brasileiros e Mundiais, eles não são os jogadores ideais.

Hoje o São Paulo vive uma crise, e têm dificuldades de lhe dar com ela devido a falta dela nos últimos anos. É como um jovem que sai de um longo namoro na adolescência, até recuperar o pique da vida de solteiro vai demorar um pouco, afinal, muita coisa mudou durante esse período.

O elenco é muito bom. É preciso deixar a poeira baixar, contratar um técnico que suporte essa pressão e que seja capaz de remontar esse time, não com base nos nomes existentes lá, mas sim, na atual fase dos jogadores.

Bem vindo de volta, São Paulo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Palpites da 16ª rodada.


Goiás x Fluminense - Ao contrário do que muitos pensam, não acho que o Flu vai atropelar o Goiás. Acho que a vitória carioca não será tão fácil.

Botafogo x Ceará - Acredito em vitória do Fogão. O time de Joel Santana está cada vez mais organizado. A equipe cearense se defende muito bem, por isso, acredito que a vitória dos donos da casa não será por uma diferença grande de gols.

Avaí x Internacional - Não acredito muito nessa história de "ressaca pós-título", mas acho que o Inter vai entrar em marcha lenta. Avaí deve vencer o jogo,ou então um empate.

Grêmio Prudente x Atlético-PR - Vitória do Prudente. O Furacão sempre dá sinais de melhora, mas na hora "H" o time acaba sentindo o peso da responsabilidade de embalar no campeonato, além disso, o Prudente tem um time organizado.

Grêmio x Santos - Ainda não vai ser dessa vez que o time do Renato Gaúcho iniciará a sua arrancada. Aposto em um empate.

Cruzeiro x Corinthians. - Mais um empate.

São Paulo x Vasco - Vitória tricolor. Time do Vasco é bem montado, mas acho que hoje o São Paulo se supera.

Palmeiras x Atlético Goianiense - Palmeiras volta a vencer. Time do Atlético Goianiense não mostra forças para surpreender os palmeirenses.

Vitória x Guarani - Vitória fácil dos baianos. O Guarani depende muito do Mazola, e só. O Vitória vem empolgado após vencer o Cruzeiro fora de casa e deve confirmar o favoritismo.

Flamengo x Atlético MG - Vitória do Flamengo para colocar Luxemburgo de vez na corda bamba. O Galo até possui alguns ótimos jogadores, mas não tem cara de time. O cariocas vêm empolgados pelos novos reforços do ataque.

O dia em que nada funcionou


A noite de ontem na Ilha do Retiro tinha tudo para ser de muita alegria para os rubro negros. Mais de 23 mil pessoas compareceram ao estádio, e esperavam ver uma vitória da equipe da casa diante do lanterna, Vila Nova.

Não foi bem o que aconteceu. Marcelinho Paraíba e Ciro, peças fundamentais para o jogo do Sport, não funcionaram. Os dois até fizeram um primeiro tempo razoável, mas na segunda etapa, se apagaram de vez. A defesa rubro negra foi uma lástima. Poucas vezes vi um jogador ser tão "humilhado" como Igor na noite de ontem. Da Silva se mostrava nervoso em campo, fugia da bola, foi substituído no intervalo. Cesar, expulso injustamente no segundo tempo, também não foi bem. Do time rubro-negro só destacaram-se Daniel Paulista, que teve que se transformar em dois para tomar conta sozinho do meio campo do Sport, e Mateus que, na lateral esquerda, não comprometeu e até fez bons desarmes.

O resultado, nem de longe, foi bom para o time pernambucano. A equipe poderia estar na décima posição, há apenas 5 pontos do G-4. A vitória também era importante pelo fato de, na próxima rodada, alguns times que brigam na parte de cima da tabela jogarem entre si.

É preciso recuperar esses pontos perdidos em casa nos jogos fora de Recife. Como a série B está muito embolada ainda há chances para o time leonino, porém, é preciso pontuar bastante e ser regular.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cadê o futebol goiano?


O que acontece com o futebol goiano? Nos últimos anos, o Goiás vem fazendo boas

campanhas na série A, e nem assim, a torcida goiana se empolga com o futebol. Por que sempre que Botafogo, Flamengo, Corinthians, São Paulo e cia vão jogar no Serra Dourada, acabam levando mais torcedores do que o time local?

Vejo que não há motivos para isso. Nos últimos anos o Goiás tem representado bem o estado no Brasileirão. O time alviverde já está a 10 anos na série A, participou da Libertadores de 2006 e fez jogadores como Josué, Mineiro, Grafite e Fernandão ficarem famosos. Como pode um time desse não empolgar sua torcida?

Neste ano de 2010, o Goiás vem muito mal e aparece como sério candidato à rebaixamento. Diferentemente dos anos anteriores, desta vez, o time goiano não incomoda ninguém e vem colecionando derrota atrás de derrota.

No último jogo da equipe, diante do Prudente, apenas 1.493 torcedores pagaram para ver o jogo, foi o pior público do Campeonato Brasileiro de 2010. Muito pouco para um time que, há dez anos, representa o estado na principal divisão do futebol brasileiro.

A falta de empolgação não é só do torcedor do Goiás. Depois de muito tempo, o futebol goiano conseguiu emplacar dois representantes na série A. Esse time é o Atlético Goianiense, que juntamente com a sua torcida, vem decepcionando. A média do time rubro-negro, após oito jogos em casa, é de apenas 8.338, e só não é menos graças a jogos contra Botafogo, Corinthians e Flamengo, que invadiram o Serra Dourada com suas torcidas. Enquanto isso, o também recém subido Ceará, leva em média 23.968 torcedores por jogo.

Não acredito que apenas a má campanha seja o motivo de tanto "desinteresse" por parte dos goianos. De fato, o povo do estado prefere torcer pelos times do Sudeste. É preciso que os que torcem pelos clubes locais compareçam. Pouco público, juntamente com uma má campanha, vai enfraquecendo e escondendo o futebol goiano, que não pode ficar sem nenhum representante na série A.

Clássico é feito por dois.





De uns tempos pra cá, venho notando que os clássicos de São Paulo não estão sendo tão atrativos quanto eram antes. Aos poucos o clube mandante foi cedendo cada vez menos ingressos ao visitante, e para mim, isso é um fator fundamental que está sendo descartado sem a menor atenção.

Clássico de uma torcida só não existe. A graça do clássico é ver a competição das torcidas para ver quem grita mais. E aquele frio na barriga quando o rival do seu time chuta uma bola na trave e você só escuta o "uuuuuh" da torcida adversária? Vencer um clássico e ver a massa rival indo embora caladinha enquanto você canta também faz muito bem para o ego.

Essa confusão da carga de ingressos em São Paulo não é por conta de segurança, é questão "pessoal". Existe uma briga entre os clubes, que causa uma retaliação constante, um verdadeiro "efeito dominó".

Essa "briguinha" só prejudica espectador. Ontem, Corinthians x São Paulo mais parecia um jogo "normal". O protagonista do clássico é o torcedor. Um exemplo disso foi o clássico do Maracanã (Vasco 2x2 Fluminense), onde tivemos um dos maiores espetáculos do futebol brasileiro no ano de 2010.

Os clássicos em São Paulo estão muito "mecanizados", falta aquela "bagunça" (no bom sentido) típica do irreverente torcedor brasileiro.

Aos poucos os clássicos paulistas vêm perdendo o encanto. Várias pessoas começam a dar mais atenção aos clássicos cariocas, ao mineiro, e principalmente aos nordestinos.

É preciso haver um diálogo entre as diretorias de Palmeiras, Corinthians, Santos e São Paulo, essa birra não pode ser eterna. O torcedor não quer, e nem deve, ficar de fora desses jogos. Toda essa confusão só faz "expulsar" a torcida adversária dos estádios. Enquanto os cartolas tomam as decisões se baseando no fator "político", esquecem de perguntar ao torcedor o que é que ele gosta.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010



Quando é a hora certa de parar? Essa é a pergunta que todo jogador de futebol em fim de carreira se faz. Todos dizem que o ideal é sair por cima, mas para quem viveu essa rotina durante anos e ama o esporte, não é tão fácil dizer adeus.

Pendurar as chuteiras nunca foi, nem nunca será uma decisão fácil, principalmente para os
grandes jogadores. Sair do campo da atualidade para ficar só na história é difícil. Muitos entram
em crise e se perguntam: Será que vão lembrar de mim para sempre?

Nem todos se eternizam na história. Isso é privilégio dos grandes craques que fizeram verdadeiros espetáculos dentro das quatro linhas. Apenas os acima da média entram para esta galeria seleta.

A maioria dos jogadores brasileiros é oriundo de classes baixas da sociedade. Não tiveram a oportunidade de ter uma educação escolar de qualidade. A maioria deles nem sequer terminou os estudos, e entrou cedo no mundo do futebol. Tudo isso certamente afeta na hora de tomar uma decisão tão importante como é a de encerrar a carreira. O jogador se pergunta: e o que será a partir de agora?

Alguns vão para o showbol, outros viram comentaristas, uns abrem seus próprios negócios, enfim, existe uma gama de possibilidades, principalmente para os que tem uma boa condição financeira.

Falei tudo isso pois queria tocar no assunto Ronaldo. Para mim um ídolo, mito. Não o conheço como Ronaldo fenômeno, e sim como RRRRRRRRRRRRRRRRRonaldinho (parodiando o Galvão). É triste ver (com frequência) fotos do Ronaldo muito acima do peso.

Há tempos atrás esse excesso de peso dele era descaso. Hoje já não considero assim. O fenômeno parece não aguentar mais, dá claros sinais de ser um ex-jogador em atividade. Percebo nele um semblante esgotado, de quem até tenta, mas não consegue superar as lesões e o excesso de peso. Nunca duvidarei de uma possível volta por cima, ele é especialista nisso. Mas me pergunto: há necessidade de mais um retorno triunfal?Acho que não.

Hoje vejo crianças que associam o craque à um gordo. Quem o acompanha há muito tempo não o vê dessa
forma, mas quem só conhece o Ronaldo versão 2006/2010, até tem o direito de pensar assim. Acho que é hora do Ronaldo repensar seu fim de carreira. Não pela imagem dele, acredito que essa não têm mais como mudar, mas por nós, os fãs do craque não se sentem bem em vê-lo tão mal.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

É tudo novo denovo.

Nenhum texto em forma de análise cabe num momento como esse. Diante de toda a torcida Colorada, só posso dar-lhes os parabéns. Novamente a américa é pintada de vermelha, e o clube gaúcho vai tomando gosto por conquistar o continente.

Todo esse sucesso é fruto de muito trabalho. Hoje o Internacional é um clube brasileiro nos moldes europeus. Os Colorados estão chegando aos 110 mil sócios em dia, seus diretores entendem de futebol e as finanças estão controladas. O Inter poderia usar o slogan do Barcelona: "Mais que um clube".

Título merecido, e com um final épico. Qual seria a graça de ganhar sem emoção? Libertadores sem
adrenalina não existe. Como o roteiro de um bom filme, o talismã, o salvador, o Chuck Norris apareceu no final para fechar com chave de ouro. Giuliano é o nome do cidadão. Giuliano "mitou" ontem no Beira-Rio.

Se estamos falando de filme, falaremos de Óscar. A estatueta, hoje, seria entregue a Leandro Damião como o melhor coadjuvante. Entrou e decidiu. Quando partiu em direção ao gol adversário parecia tão decidido, e com tanta fome de gol, que nem o incrível Hulk o pararia.

Nesta realidade com cara de ficção também tivemos batalha. Rafael Sóbis e Tinga lutaram em campo. Um saiu com o ombro ferido, o outro literalmente deu o sangue. Tinga não parecia satisfeito em pintar o continente de vermelho, e quis fazer o mesmo com seu short de branco.

Filmes com mordomos, quem nunca viu? No final a culpa é sempre dele. Na comédia ele sempre faz o papelão. No futebol ele se chama Bautista. O chamo de mordomo por conta daquela luvinha que ele faz questão de usar só em uma mão.Teria ele pintado a unha?

E como não falar de Roth? Toda equipe precisa ter um comandante. E que comandante! Celso Roth trabalhador, faltava um título. O título veio. A sorte é fruto da competência, e consequência do trabalho bem feito.

Torcedor Colorado, você fala quantas línguas? É hora de aprender Árabe.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Finalmente os matadores.


A torcida do Flamengo já não aguentava mais. Como o atual campeão brasileiro poderia ter um time apenas modesto? Quase uma cesta básica, foi assim que ficou o elenco rubro-negro depois das saídas de Adriano, Vágner Love e Bruno.

Neste Campeonato Brasileiro o clube carioca só venceu um jogo com dois gols, ou mais, de diferença. Muito pouco para uma torcida exigente como a do Flamengo que gosta de ver o time jogando para cima.

Com o Zico na área os torcedores se animaram, pois só o fato do ídolo estar no comando já passa uma sensação de confiança para a imensa nação flamenguista.

A equipe tem bons jogadores. Juan, Léo Moura, Willians, Renato Abreu e Petkovic jogariam nos melhores clubes brasileiro. Mas o principal sempre acaba sendo o ataque. É preciso ter alguém lá na frente que resolva. Aquele jogador que vai tirar um coelho da cartola quando tudo estiver caminhando para um 0x0

E que me desculpem Val Baiano, Cristian Borja, Diego Maurício, mas nenhum de vocês podem ser esse cara, ou melhor "O" cara. Podem ser bons jogadores, mas não para as ambições do Flamengo.

Eis que finalmente, na beira do caos (como já diria
Ney Franco) o clube abre os cofres, tira o escorpião do bolso, deixa de ser mão de vaca e contrata Deivid e Diogo. Perfis diferentes, um experiente e o outro
jovem, porém matadores. Os dois têm recurso, e o melhor: combinam.

Essa dupla tem tudo para ganhar música da maior torcida do mundo e mudar os objetivos da equipe no Brasileirão

A confiança voltou


Tão revigorante quanto os três pontos conquistados diante do São Caetano, na noite de ontem o torcedor do Sport passou a ter confiança de que a série A ainda é possível.

Individualmente e coletivamente o Sport foi forte. O time de casa jamais chegou a ser encurralado. Todos os momentos de "pressão" do São Caetano foram controlados, embora a defesa rubro-negra ainda mostre claros sinais de deficiência.

Germano e Daniel Paulista comandaram o meio campo. Entraram, dominaram e levaram para casa quem passasse por ali. Aquele setor teve dono, e isso foi muito importante para o sucesso do Sport. Como tem uma defesa fraca, jogando no 4-4-2 é preciso que os volantes marquem bem. No desarme e na distribuição eles foram impecáveis.

Marcelinho Paraíba chegou para mudar o time rubro-negro de patamar. O jogador que chega com status de ídolo tem que ter a postura que ele teve. Chamou o jogo para si, mostrou tranquilidade com a bola no pé, quase não errou passes, e o principal, foi decisivo.

O setor de ataque cresceu muito. Dairo, que até então era - justamente - tão criticado pela torcida, acordou. A diferença do Dairo "versão" Geninho é que ele joga, fica ligado no jogo, participa. Não tem mais aqueles momentos em que ele mais parecia um sonâmbulo dentro de campo. Que continue assim.

Tem como falar de ataque sem falar do artilheiro da série B? Ciro "cheira a gol". Ele é letal quando a bola vem se oferecendo e dizendo: " Me chuta".

A caminhada do time pernambucano rumo a série A é longa. O péssimo início de campeonato está prejudicando o time. Geninho que inicia muito bem seu trabalho, terá que trabalhar muito.

Vai dar Inter


Não tem para onde correr, o destino é certo. Colorados podem se dirigir ao gigante da Beira-Rio para comemorar. É o segundo título dos gaúchos na Libertadores. Mais uma vez incontestável, histórico e vermelho.

O Inter tem o talismã Giuliano, que sempre quando a casa está prestes a cair, entra em campo e muda toda a história.

O Inter tem seu trio guerreiro (Guiñazu, Tinga e Sandro) que marcam e atacam com a mesma naturalidade de quem come e dorme. São craques.

O Inter tem Taison e D'Alessandro que são os responsáveis pelos atos inesperados, assim como um mágico em seu número mais surpreendente.

O Inter tem Índio e Bolívar. Quero ver brincar ao lado deles.

O Inter tem Alecsandro, que mesmo quando alguns pegam no seu pé, ele responde com gols.

O Inter tem Celso Roth. O Celso Roth tem Inter.

Não esqueçamos dos outros jogadores que compõem essa família colorada. Eles foram tão importantes quanto esses citados.

Mas o principal não entra em campo. O principal grita, pula, se movimenta e empurra esses guerreiros para a glória. Quem não os conhece, será apresentado hoje. Hoje o Chivas chegará ao inferno vermelho que fica nas arquibancadas.

Que venha o título! O Inter é Brasil na Libertadores.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Onda avaiana


Chegou de mansinho, quietinho na dele, e ninguém o apreciava muito. Começou o Brasileirão do ano passado mal, e quando todos achavam que o Avaí seria o mais novo saco de pancadas do campeonato, eis que o time catarinense consegue uma sequência de 12 jogos sem perder, e com isso se distancia do fantasma do rebaixamento, mantendo-se com tranquilidade na elite do futebol brasileiro.

Para 2010 o time do ex-tenista Guga foi remontado. Ao fim da temporada passada, peças que eram consideradas fundamentais para o time saíram do clube. Silas, Marquinhos, William, Eltinho ( que já retornou), Léo Gago e cia foram tentar a sorte em outros centros. O escolhido para realizar essa montagem foi o técnico Péricles Chamusca, que acabara de ser rebaixado pelo Sport Recife. A escolha não deu muito certo, e o técnico não permaneceu por muito tempo.

E para assumir o comando da equipe, sua diretoria não poderia ter escolhido alguém melhor. Quem manda pelas bandas da Ressacada agora é o delegado Antônio Lopes. Duas vezes campeão brasileiro, alguns já o consideravam ultrapassado. Puro engano. Agora em um clube com estrutura e ambição, o técnico vem calando os críticos.

O experiente treinador chegou ao clube catarinense com uma missão dificílima: enfrentar o São Paulo no Morumbi. Missão cumprida. Após a estréia com vitória o time pegou o embalo e voltou a incomodar à todos.

Hoje o Avaí é um time leve. Seu setor ofensivo conta com Robinho, Davi e Caio que formam um trio muito perigoso. São jogadores rápidos que se movimentam muito e por isso é muito difícil marca-los. A prova é que os catarinenses, juntamente com o Botafogo têm o melhor ataque da competição, já foram 25 gols marcados em 14 partidas.

É bem verdade que o Campeonato Brasileiro é longo, e por conta disso não devemos tentar prever resultados, porém ninguém pode tirar dos torcedores do Avaí a empolgação com o bom momento do time, que desde sua volta a séria A só vem os enchendo de orgulho.

O importante para times que chegam no brasileiro sem muita badalação como o Avaí é ter ousadia, sempre querer mais, que com certeza no fim das contas o saldo será positivo.

Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima...


Parece que a torcida ( e o time) do Vitória está de alma lavada após a equipe derrotar o Santos neste domingo. No primeiro encontro após as finais da Copa do Brasil os baianos conseguiram se "vingar" dos paulistas.

A final do torneio nacional já faz parte do passado, e após a ressaca, é hora de focar em outros objetivos. O Vitória tem um bom time, não pode parar por conta de um "fracasso". Vida que segue, o brasileirão e a Copa Sul-Americana estão batendo na porta.

Na competição internacional o time nordestino está numa ótima situação. Os rubro-negros venceram o Palmeiras, no Barradão, por 2x0 e podem perder por até um gol de diferença no segundo jogo, em São Paulo. A classificação é algo muito importante para o time de baiano,pois dará aos jogadores e a torcida um novo foco, fazendo a dor do vice-campeonato passar mais rápido.





Emoção na Ressacada.


Uma bela dose de emoção na Ressacada...

É impressionante como apenas um gol pode mudar todo o panorama de uma partida de futebol. No primeiro tempo, o Avaí começou o jogo da melhor forma que um time pode fazer quando joga em casa. O time catarinense pressionava a saída de bola do Corinthians, não dava espaços para a equipe paulista e dominava as ações do jogo. A movimentação intensa de Caio, David e Robinho causava muitas dificuldades aos corintianos. Esse belo início deu resultado logo aos 10 minutos de jogo, quando David abriu o placar. Porém, para o Avaí o primeiro tempo se resume a isso.

Só foi tomar o gol e o Corinthians acordou. O time visitante saiu para o jogo, e colaborado pelo recuo dos catarinenses, passou a controlar a partida. Aos poucos Bruno César, Elias e Jucilei foram melhorando e o timão começou a levar perigo. A dupla Jorge Henrique e Alessandro, dialogava bem pelo lado direito do campo, e por esse mesmo setor, se iniciou a jogada do gol de empate.

Na segunda etapa o Avaí entrou para decidir a partida e logo tratou de fazer dois gols em 7 minutos. O time catarinense não repetiu os erros do primeiro tempo e passou a explorar muito bem os contra-ataques. Por conta dessa postura, o Corinthians teve mais dificuldades para jogar, pois sua defesa também era incomodada.

O Árbitro da partida, Péricles Bassols, aos poucos foi se perdendo. A medida com que o jogo esquentou, e os atletas não viram por parte do juiz uma postura severa, qualquer marcação era motivo de revolta entre os jogadores. Ele distribuiu uma série de cartões amarelos para o Avaí e deixou de marcar um pênalti claro em Jorge Henrique.

Os paulistas precisavam correr atrás do prejuízo, mas o domínio territorial não resultou em muitas chances perigosas. Após diminuir com mais um gol de Bruno César, o timão era só ataque. Mesmo sem muita organização devido a proximidade do fim da partida o Corinthians até teve um gol que foi corretamente anulado pela arbitragem. Após o apito final do confuso árbitro, o placar ficou mesmo em 3x2

domingo, 15 de agosto de 2010

Resumo da 14ª rodada da série B

Em mais uma rodada da série B os líderes do campeonato se mantiveram no topo da tabela. Quem se deu melhor foi o Coritiba, que continuou em primeiro lugar após uma boa vitória sobre o Bahia por 2x0. Ao empatar em casa com o Sport, a equipe do Bragantino manteve a zona do rebaixamento sem nenhuma mudança.

A goleada do Figueirense merece destaque. O time catarinense aplicou 5x0 no Ipatinga, e assume a segunda colocação. Em Recife, o Náutico recebeu a aniversariante Portuguesa nos Aflitos e colocou água no chopp da lusa. Com a vitória por 1x0 o time pernambucano voltou ao G-4.

O restante dos jogos mexeu pouco na tabela que segue com Coritiba e Figueirense brigando intensamente pela ponta. Na parte de baixo os destaques vão para Santo André que após um belo campeonato paulista faz uma campanha decepcionante na série B, e para o Sport que ganhou uma posição nesta rodada e dá indícios de melhora.

A próxima rodada começa na próxima terça-feira com dois jogos e só termina no sábado com mais cinco partidas. O detalhe interessante é que todos os integrantes do G-4 jogarão fora de casa.

sábado, 14 de agosto de 2010

Final de semana de estréia nos rubro-negros.


Esse é um final de semana que gera muita expectativa entre os torcedores de Flamengo e Sport. Ambos aguardam as estréias de reforços que podem aumentar a quantidade de gols de suas equipes.

Na equipe carioca, que busca encontrar sua identidade e voltar a apresentar um bom futebol
para sua torcida, Leandro Amaral vêm como a esperança do ataque. Val Baiano e Cristian Borja até agora não convenceram, e a estréia do veterano atacante faz a torcida acreditar que ele possa
repetir pelo Flamengo, o que fez nos rivais Fluminense e Vasco. Mesmo após vir de uma grave lesão, o atacante garante que ainda pode dar muitas alegrias à massa rubro-negra.

Pelo lado dos pernambucanos a expectativa é até maior. Marcelinho Paraíba chegou ao Recife com o status de maior contratação da série B e foi recebido por vários torcedores no aeroporto da capital pernambucana. Junto com o técnico Geninho, o atacante tem a missão de recolocar o Sport na briga por uma vaga na série A. O time da Ilha do Retiro, que conseguiu vencer o Figueirense na última terça-feira, de virada, espera que o time confirme o bom momento e também traga os três pontos de são paulo.

O Sport entra em campo hoje (14) contra o Bragantino, fora de casa, às 16h. Já o Flamengo recebe o Ceará no Maracanã às 18:30.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Grêmio x Goiás em 10 frases.


1º - Douglas, Edílson e William Magrão muito mal.

2º - Bela partida de Bernardo do Goiás, foi substituído cedo.

3º - Jonas mal no jogo, cercado, isolado e abandonado.

4º - Leão quando vence não fala da arbitragem.

5º - Mais um jogo para a lista negra de erros de Paulo César de Oliveira.

6º - Como Neuton não foi expulso?

7º - Show de bola de Amaral e Wendel, ambos do Goiás.

8º - Renato Gaúcho terá muito trabalho.

9º - Vitória merecida do Goiás.

10º - Souza, voltando de lesão, foi o melhor jogador do Grêmio.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

E o Santos, como fica?


Como futebol é feito por dinheiro, e os principais clubes brasileiros têm como carro-chefe o futebol, é meio inevitável que nossos jogadores sejam vendidos para fora do país. A Europa geralmente é o caminho. Os clubes do velho continente possuem muito recurso financeiro, e o destino da rota do sucesso de um jogador profissional é lá.

Após o título da Copa do Brasil e da ótima estréia com a camisa da seleção brasileira, os meninos Neymar e Ganso estão sendo muito assediados. Esses dois diamantes são os mais valiosos que temos hoje, jogando em nossa terra. Tanto talento e resultados positivos despertam os olhares dos "gringos", que nos vêem como a principal fonte de craques.

Todo clube brasileiro passa por esse problema. O mercado está muito amplo e não precisa nem ser um grande craque gerar interesse de times do exterior, seja qual for o continente.

A situação é complicada. Vender seu craque e garantir um tempo de situação financeira estável ou apostar em títulos? Fazer o bem do lado administrativo do clube ou continuar deixando os torcedores felizes? É isso que se passa pelas cabeças dos nossos bons dirigentes.

O Santos vive uma ameaça enorme de ver seu elenco ficar mais fraco. Robinho foi para o Manchester City,André para a Ucrânia, e o Chelsea não imagina seu time sem Neymar. O clube londrino já fez uma proposta ao Santos anteriormente, e a diretoria se negou a vender o atleta. Desta vez os "blues" abriram os cofres e se aproximaram bastante do valor exigido pelos paulistas. Nada menos do que 68 milhões podem entrar na conta santista.

As pessoas que "cercam" o garoto querem a sua saída. Vêem no Chelsea o clube certo para que Neymar comece a dar seu show pela Premiere League. De fato o campeonato inglês é um dos melhores do mundo, e o Chelsea um time com as mesmas ambições de um grande jogador que quer conquistar títulos na carreira.

Mas será mesmo que está na hora de Neymar ir para Europa? Não tenho dúvidas de que ele assumirá bem a responsabilidade de vestir a camisa de um grande clube europeu, porém acho que ainda há o que evoluir aqui no Brasil.

E o Santos, como fica nessa história? Com a venda de Neymar o time se enfraqueceria muito. E já há quem diga que o Ganso também é sondado por alguns clubes interessados.

O clube da baixada com certeza sofrerá muito com a perda do quarteto "santástico" formado por André, Neymar, Ganso e Robinho. A qualidade cairia bastante. E como nos contos de fadas a carruagem pode virar abóbora, o time considerado acima da média se tornará no máximo igual aos outros. Acertar nos substitutos não é tarefa fácil, ainda mais quando o padrão de exigido é alto.

Caso os garotos saiam , o processo de reestruturação da equipe tem que ser feito com carinho. Antes de contratar qualquer medalhão à peso de ouro, é preciso checar o quanto o possível reforço pode render. Apostar em boas promessas da base é uma opção, o Santos sempre possuiu jovens de muito talento nas categorias inferiores. A pressão não pode ser jogada nas costas dos futuros meninos da Vila. Será preciso aliar custo-benefício, experiência, qualidade e juventude.

É bom o Santos ficar estar pronto para a saída destes jogadores, o esforço máximo dos clubes brasileiros não se compara ao poder econômico dos europeus.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A voz do povo era a voz de Deus...



Não tive a oportunidade de ver o jogo da seleção ontem, mas pelo compacto que assisti do jogo fiquei orgulhoso.

É bom ver o nosso futebol ser representado exatamente do jeito que somos. O brasileiro é um povo irreverente, alegre, ousado, corajoso e que tem um lado infantil dentro dele. Infantil no bom sentido, todo brasileiro mesmo que criança, adolescente, adulto ou idoso tem dentro de si uma pernsonalidade única que nos diferencia de todos. E é dessa forma, exatamente com a nossa cara, que a nossa seleção deve entrar em campo para nos representar.

Não entro na onda de dizer que se os "nossos" meninos tivessem ido à copa do mundo, nós hoje seríamos hexa. Pois é, não seríamos. Além de toda a qualidade dos nossos craques era necessário um comandante, que como um verdadeiro recreador de festa infantil soubesse dar liberdade com responsabilidade para as crianças. Não tínhamos esse cara. Tínhamos aquele professor durão,
que sejamos justos até tinha alguma qualidade, mas pelo seu modo de comandar um grupo iria acabar impedindo que as flores desabrochassem naturalmente.

O meu sentimento é de ânimo. Estou empolgado com essa nova safra. Não é uma empolgação cega. É simplesmente empolgação. Temos um cara, ou melhor "o" cara para dirigir essa nova era do futebol brasileiro. Mano Menezes combina com a nova geração, e o melhor, dá chance a quem tem talento sem medo de ser feliz.

A preparação para 2014 está só começando, não vamos nos apressar. Esses quatro anos tem que ser muito bem saboreados, pois dará gosto de ver a nossa camisa amarela voltar a sambar em campo. Ser apenas guerreiro não é suficiente.